domingo, 24 de julho de 2022

COCAL-PI: Rubens Vieira 💔 Flávio Junior?!

 



  

De acordo com o Art. 107 do CÓDIGO ELEITORAL, para você ser eleito Deputado Estadual, você não depende APENAS dos 'seus' votos, mas também dos votos dos seus colegas DE PARTIDO que concorrem ao mesmo cargo que você. Pois tudo tem a ver com a relação entre o QUOCIENTE PARTIDÁRIO (ou seja, DA LEGENDA) e o QUOCIENTE ELEITORAL:

Vamos tomar como exemplo a eleição dos deputados estaduais da Coligação do PT (com o MDB, o PP etc.) em 2018: 


                                                                           

1) O que é o Quociente ELEITORAL?

- Em 2018, o Piauí teve ao todo 1.816.803 votos válidos para Deputado Estadual

- E na Assembleia Legislativa do Estado existem 30 vagas disponíveis. 

- Para se calcular o valor do "quociente ELEITORAL", bastou se dividir 1.816.803 votos válidos por 30 vagas disponíveis.

- O resultado da divisão foi 60.560. Este foi o valor do "quociente ELEITORAL" para Deputado Estadual do Piauí em 2018.

                                                                           


2) O que é o Quociente PARTIDÁRIO (ou "DA LEGENDA")?

- Em 2018, NA SOMA dos votos DE TODOS os seus candidatos a Deputado Estadual, a Coligação do PT obteve 1.336.812 votos

- Para se calcular o valor do quociente DA LEGENDA, bastou se dividir todos os votos da Coligação do PT (1.336.812) pelo valor do "quociente LEITORAL", que em 2018 no Piauí deu 60.560, conforme já calculado no parágrafo anterior. 

- Então, ao se dividir os 1.336.812 votos da Coligação do PT pelo quociente eleitoral de 60.560, foi obtido o quociente PARTIDÁRIO no valor de 22, que correspondeu ao número de vagas que a Coligação do PT ocuparia dentre as 30 cadeiras disponíveis na Assembleia.

                                                                           



Esse sistema de cálculo é chamado "ELEIÇÃO PROPORCIONAL" pois o número de vagas que o Partido consegue é "PROPORCINAL" ao número de votos que TODO O PARTIDO obtém, somando-se os votos de todos os seus candidatos ao cargo. 

Na prática, os votos de um candidato X, detentor de grande votação, puxam a eleição de um candidato que teve baixa votação. Isto é, candidatos menos votados se beneficiam de candidatos mais votados quando estão dentro do mesmo partido.

Foi por isso que o deputado Georgiano Neto se elegeu em 2018 dentro da Coligação do PT com 79.723 votos e o deputado Firmino Paulo foi eleito dentro dessa mesma Coligação com apenas 26.692 votos. Os votos do Georgiano serviram para AUMENTAR O "QUOCIENTE ELEITORAL" e puxar a eleição do Firmino Paulo que entrou com bem menos da metade dos votos do Georgiano. 


RUBENS VIEIRA, do PT 💕 FLÁVIO NOGUEIRA JUNIOR, do PT

Agora em 2022, em Cocal-PI, os Vieira estão com a pré-candidatura do Rubens, no Partido dos Trabalhadores, e o Monção está apoiando o deputado Flávio Nogueira Junior, também no Partido dos Trabalhadores

Se o deputado Flávio Júnior conseguir uma votação como a que ele obteve em 2018, quando se elegeu com 47.007 votos, ele jogará o "QUOCIENTE PARTIDÁRIO" do PT lá para cima e elegerá consigo o Rubens Vieira, que assim poderá ser eleito mesmo com uma baixa votação. Pois, conforme o Código Eleitoral, candidatos menos votados se beneficiam da votação de candidatos mais votados quando estão dentro do mesmo partido, como é o caso do Rubens Vieira e do Flávio Nogueira Jr, que estão do PT.

Dessa forma, cabe ao eleitor de oposição a Rubens Vieira, de Cocal e Cocal do Alves, entender que votando em outro candidato a deputado estadual do PT, estará contribuindo para eleger o próprio Rubens Vieira. E, a partir desse entendimento, decidir se vale a pena seguir a indicação do doutor Cristiano e do professor Edmilson que, mesmo conhecendo esse esquema, estarão pedindo votos para o Flávio Nogueira Júnior, que acabará indo também para o Rubens Vieira. 


Confira outros aspectos disso noutra matéria, clicando na imagem abaixo:

No centro, o deputado Flávio Nogueira Jr, do PT 

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