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Recebemos hoje à tarde uma queixa de um cidadão do sul do Piauí contra o atual vice-prefeito de Cocal, Douglas Lima (PSD). O vice-prefeito comprou um relógio em 2019 pelo valor de 2.500 reais, mas até hoje não tinha quitado parte do pagamento. Já cansado de ser ludibriado pelo vice-prefeito, por cerca de três anos, o cidadão mandou mensagem ao Douglas dizendo que iria passar toda a conversa para o Fiscal do Povo, em Cocal. Foi aí que algo intrigante presente nas mensagens chamou muito a atenção do Fiscal do Povo, pois é algo que está relacionado à campanha eleitoral de 2020. E é por esta razão que trazemos o assunto ao público, tendo que contextualizá-lo necessariamente.
Veja o print do rapaz dizendo que mandaria a mensagem ao Fiscal do Povo:
Conversa ocorrida hoje, 12 de Janeiro de 2022. |
Aqui se vê a data de 18 de Junho de 2019 |
Ao ler a mensagem e com medo de o cidadão mandar as mensagens ao Fiscal, o vice-prefeito IMEDIATAMENTE transferiu ao cidadão os 500 reais que "enrolava" há cerca de três anos. Num instante o dinheiro apareceu. Veja o comprovante de pagamento feito ainda na tarde de hoje:
E o que isso tem a ver com as 'ELEIÇÕES 2020' de Cocal? Entenda:
Em 13 de Janeiro de 2021, dois meses após as eleições,
Douglas Lima insinuou que não podia pagar o referido cidadão pois havia gastado toda a grana que tinha nas eleições (2020); disse que, por causa das eleições, estava [financeiramente] "respirando
por aparelhos". Veja no print abaixo:
Ocorre que no dia 03 de Outubro de 2020 Douglas Lima
declarou à Justiça Eleitoral que tinha 50 mil reais em espécie, que
seria "para construção ou compra de imóvel". Veja a declaração abaixo, tirada do site da
Justiça:
Dos 50 mil reais que tinha em espécie, ou
de outro valor que pudesse ter em conta bancária, Douglas gastou pouco mais de
10 mil reais nas eleições 2020. Veja:
Quase R$10.300,00 de doações feitas pelo vice-prefeito durante sua campanha eleitoral de 2020 |
No entanto, ao insinuar para o cidadão do sul do Piauí que gastou tudo o que tinha na campanha eleitoral, NUM PRAZO DE DOIS MESES, o vice-prefeito cria suspeita contra si mesmo sobre o que restou dos 50 mil reais que ele tinha em espécie, uma vez ele próprio declarou à Justiça que gastou APENAS pouco mais de 10 mil reais naquelas eleições: Teria ele tirado desse montante de 50 mil os 10 mil que gastou na campanha, por exemplo, levando parte desse valor à sua conta bancária para em seguida transferir à conta de campanha? Não sabemos.
Mas além dessa, mais perguntas ficam no ar:
1) Por que o vice-prefeito guardava 50 mil reais em espécie, mas não em conta bancária, onde é mais seguro e de fácil rastreio?
2) Onde o atual vice-prefeito terá gastou os seus 40 mil reais, caso ele tenha tirado dos 50 mil declarados a grana que bancou campanha eleitoral, se DOIS MESES após a mesma ele já estava liso?
3) Se não foi com parte dos 50 mil em espécie que o vice-prefeito bancou campanha eleitoral, onde ele terá gasto todos os 50 mil reais que declarou possuir, uma vez que, pouco tempo depois, insinuou estar liso 'POR CAUSA DAS ELEIÇÕES', e não por causa de outro gasto, como ele fez, numa outra ocasião, ao dizer para o cidadão que não poderia pagá-lo por causa de uma prestação de carro de 10 mil reais?
4) Teria ele realmente construído ou comprado um imóvel nesse curto período, do dia 03 de Outubro de 2020 até 12 de Janeiro de 2021?
O esclarecimento de tais dúvidas é importante pois, historicamente, a política de Cocal é tocada à base de compra de votos. Não sabemos _ nem temos qualquer indício material_, se o referido vice-prefeito praticou tal ato criminoso, mas a expressão "depois das eleições todo mundo fica respirando por aparelhos", usada por ele, sendo que ele próprio tinha 50 mil reais EM ESPÉCIE e só gastou pouco mais de 10 mil, essa expressão soa muito mal e merece sim o devido esclarecimento da parte dele ou, quem sabe, uma melhor investigação.
Em 2020, uma 'cabo eleitoral' do grupo Monção
disse em áudio que tinham comprado os votos de um bairro inteiro. Foi nesse
contexto, inclusive, que a atual Vereadora Adriana Luiza (PP) teve conversas gravadas quando negociava compra
de votos de uma família inteira. É essa a "cultura"
política que parece ainda imperar no município de Cocal, sobretudo em campanhas para vereador. Por isto, toda atenção é pouco com
relação a insinuações como essa do atual vice-prefeito.
Este Portal está aberto a um
esclarecimento do vice-prefeito, se assim ele desejar.
A propósito, se você ainda não viu, clique na imagem a seguir e veja esta matéria sobre compra de votos em Cocal-PI:
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