domingo, 23 de fevereiro de 2025

A movimentação política de Nonatinho e a realidade dos fatos



Nos bastidores da política de Cocal, uma movimentação recente tem chamado a atenção: Nonatinho do Sindicato, ex-prefeito e figura polêmica da gestão municipal, reuniu-se em sua residência com algumas pessoas, contando com a presença do ex-deputado estadual e presidente regional da Agespisa, Zé Santana. O encontro, claramente uma estratégia para demonstrar força política visando 2026, esconde uma realidade bem diferente da que se pretende projetar.



A história de Nonatinho na política de Cocal é marcada por sua ligação com Rubens Vieira, ex-prefeito que o colocou no cargo em 2020, transformando-o em um gestor interino sem autonomia real. Durante sua curta e conturbada administração, acumulou críticas e fracassos, evidenciando sua incapacidade de conduzir o município com independência. Sua gestão foi tão frágil que, em 2023, a pedido do próprio Rubens Vieira, renunciou ao cargo para dar lugar a Douglas Lima, figura igualmente questionável e que mais tarde viria a ser derrotado nas urnas pelo atual prefeito, Doutor Cristiano Brito.



O evento recente, promovido por Nonatinho, tenta mascarar essa realidade. A presença de antigos aliados, muitos dos quais se beneficiaram diretamente de sua gestão, não representa, de fato, um apoio popular expressivo. O ex-prefeito, que já foi candidato a vereador e obteve apenas 30 votos, só conseguiu chegar à prefeitura por ser um nome imposto pelo grupo de Rubens Vieira. Agora, busca convencer Zé Santana de que ainda possui relevência política, quando na verdade sua trajetória demonstra o oposto.


A estratégia de Nonatinho segue o mesmo roteiro de sempre: rodeado por figuras que lhe devem favores, ele tenta projetar uma influência política que, na prática, inexiste. A intenção pode ir além de uma simples reaproximação com o cenário político estadual; pode também significar uma tentativa de conseguir vantagens pessoais, seja através de acordos ou nomeações políticas.


Curiosamente, Nonatinho do Sindicato não tem aparecido em fotos com Rubens Vieira, nem tem tido seu nome mencionado por ele. Isso levanta a questão: será que Nonatinho vai se afastar de Rubens Vieira e não o apoiar em sua reeleição para deputado estadual? Afinal, tudo que Nonatinho tem hoje é fruto da apadrinhagem de Rubens, que o tirou de um papel modesto como presidente do sindicato de Cocal e o colocou na vice-prefeitura em 2016, para depois lançá-lo como prefeito em 2020. Nonatinho foi um prefeito laranja, atendendo a todos os comandos de Rubens Vieira. Agora, resta saber se ele terá a coragem de "cuspir no prato que comeu" e romper com quem lhe deu tudo na política.


A política de Cocal tem mudado. O resultado das últimas eleições mostra que a população não está mais disposta a aceitar manipulações e candidaturas fabricadas. Movimentos como esse de Nonatinho revelam mais uma tentativa desesperada de se manter no jogo político do que uma real demonstração de força eleitoral. O que se vê é um ex-prefeito buscando se capitalizar politicamente, talvez na esperança de ganhos pessoais, mas sem representação significativa junto ao eleitorado.


A sociedade de Cocal precisa continuar vigilante. O futuro político do município deve ser construído com base em competência, compromisso e transparência, e não em jogos de cena de figuras que já demonstraram sua ineficácia no passado.